segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Robert Johnson

Estou de costas. O que toco é onde plugo
minha dor. Em mal contato o mundo. Com urros
arrumo minha guitarra. O escuro, eu o dublo,
me encontrou a encruzilhada. Cubro
de chão meu olhar. Minha sombra subo,
a lua é em blue note se em cima estou dos túmulos.
Meu nome é multidão e o que eu construo
2
tem parte com o impossível. Um súcubo,
com olhos de duplicata, peçonha em útero
pousou na minha sorte. Um scotch e o escuro
abrem um trem que vai de Chigaco rumo
ao rock, rumo às tuas três fotos, rumo
aos outros finais com infinitos dentro. Tudo
não está pronto, caroável. E se refaz meu número.

Nenhum comentário:

Postar um comentário