segunda-feira, 31 de outubro de 2011

ROBERTO BOLAÑO

O Chile haverá onde os meus pés. O desert o
é que todas as placas são de volta. Deixo
meus rascunhos de um mapa para o inferno.
O tráfico de exílios. O em prego
de vigia num camping da ilha de Lesbos.
A América Latina em super oito. O chão que Cérbero
mijou, onde eu dormi. Meu próprio féretro
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a caminho enquanto em casa escrevo.
Meus demônios não têm cartão de crédito.
O México. O México. O México. O México.
Minha poesia fecha as ruas do comércio.
Meu caderno de oficinas. Os meus inédit os
enrolando baseados. Não, não há remédio.
Ser ator e alheio ao corrido do próprio bolero.

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